Você é um consumidor compulsivo? Especialista dá dicas para aprender a controlar os gastos
Cuidar das finanças da casa é uma responsabilidade bem grande, né? São contas de luz, gás, internet, aluguel, compras de mercado e muitos outros gastos que devem ser contabilizados todo mês. Só que, além dessas despesas obrigatórias, existem outros gastos extras que acabam deixando muita gente enrolada. Então, para que você deixe de ser (ou não corra o risco de se tornar) um consumidor compulsivo, nós conversamos com o assistente financeiro Frederico Carvalho, que deu dicas incríveis sobre finanças. Confira e comece já a se organizar!
Liste todos os gastos mensais e se organize de acordo com o seu orçamento
De acordo com o assistente financeiro Frederico Carvalho, cuidar das finanças pessoais não é nada muito difícil. Basta se organizar e planejar tudo da maneira certa. “Para organizar as finanças, a primeira coisa é relacionar tudo aquilo que você gasta – ou seja, todos os gastos correntes, como aluguel, condomínio, conta de luz, IPTU (para quem costuma parcelar), escola dos filhos e todos os tipos de gastos mensais”, explica o profissional.
Procure estabelecer um valor fixo para economizar e aplicar todo mês
O segundo passo para organizar as finanças é justamente relacionar as despesas com o seu salário. Assim, você consegue fazer os cálculos básicos e descobrir, de fato, se sobra dinheiro para fazer compras extras sem apertar demais o orçamento. O segredo, de acordo com o assistente financeiro, é sempre se organizar bem e criar um fundo de economia.
“Após listar os gastos, você deve anotar na planilha o seu salário líquido mensal e, então, ir tirando desse valor os gastos fixos (que já foram anotados anteriormente). Vamos supor que você ganhe R$ 2.000 líquidos por mês e gaste R$ 1.200 com todas as contas. No fim, sobram R$ 800, certo? O ideal é que você tente economizar ao menos metade desse valor (ou seja, R$ 400). Você pode colocar a quantia em uma poupança ou aplicação, por exemplo, para que, assim, o dinheiro comece a trabalhar para você”, acrescenta o assistente financeiro.
Não se esqueça de anotar os gastos com o cartão de crédito
De acordo com o assistente financeiro, outra dica fundamental é sempre considerar o cartão de crédito na lista de gastos mensais. O que ocorre em muitos dos casos é que as pessoas esquecem de incluir compras grandiosas (parceladas em 10 vezes, por exemplo) nos gastos fixos mensais. Isso pode bagunçar de vez as finanças e até ocasionar dívidas mais sérias, sabia?
“Todo mundo acha que o cartão de crédito é algo maravilhoso, porque você joga a despesa para o mês seguinte ou consegue parcelar as compras. O problema é que, se você sai parcelando tudo em 3, 4, 5, 6 vezes, você deve levar em consideração que essas parcelas acabam se tornando gastos obrigatórios e devem estar anotadas na sua planilha”, explica Frederico.
Como descobrir se você é (ou não) um consumidor compulsivo?
É muito difícil se identificar como um consumidor compulsivo, né? Na maioria das vezes, nós relacionamos esse tipo de problema a pessoas que compram roupas, sapatos, bolsas, perfumes e itens vistos como “superficiais” de forma obsessiva. No entanto, a questão do consumo compulsivo é bem mais abrangente.
É possível, por exemplo, exagerar até mesmo na hora de comprar comida. Um problema bem comum, inclusive, é gastar demais comendo fora de casa (quem nunca?). Então, para que você perceba se está – ou não – consumindo de forma compulsiva, o assistente financeiro dá uma dica de ouro:
“A partir do momento em que você começa a pagar com o cartão de crédito aquelas coisas que deveriam ser pagas com o seu salário (como as compras de mercado), significa que existe um problema muito grave, pois não está sendo possível se manter com a renda. Isso acontece, na verdade, quando a pessoa não faz o cálculo certo e esquece de se planejar”, explica o profissional.
Para os consumidores compulsivos, o segredo é colocar tudo na ponta do lápis
Para evitar comprar de forma compulsiva, o principal segredo é anotar todas as despesas e ter o total controle das finanças – ou seja, ter em mente a quantidade de dinheiro disponível para gastos extras. Quem se identifica como consumidor compulsivo precisa, antes de qualquer coisa, ter esse controle detalhado das finanças.
“Para evitar o consumo compulsivo você sempre tem que pensar nas obrigações – lembrando que, a partir do momento que você parcela algo, isso também se torna uma obrigação, assim como as contas de luz, gás e outras despesas fixas. Depois de fazer os cálculos, você descobre se pode ou não assumir alguma compra a mais (desde um vestido ou camisa social até mesmo a troca de um carro). Se você não faz o planejamento certinho, na ponta do lápis, corre o risco de você se prejudicar de verdade nessa história”, finaliza Frederico Carvalho.
* Frederico Carvalho possui formação em Finanças pela Alumni COPPEAD